Nesta semana muito tem se falado sobre o aumento do salário dado aos servidores público, inclusive dos ministros do STF, em plena época de crise. Mas o que poucos falam é que o aumento foi negociado pelo governo Dilma.
O objetivo deste texto não é questionar se está certo ou errado, mas somente esclarecer algumas distorções que estão sendo publicadas nas redes sociais.
É sabido que Dilma e Temer foram eleitos pelos votos. Quem votou em Dilma votou em Temer e ponto. E está ficando cada vez mais claro que PT e PMDB são realmente muito parecidos. A gente pode perceber isso nas ações de cada governo: redução dos direitos trabalhistas (sim, Dilma também reduziu. Não esqueça que ela retirou o acesso ao seguro-desemprego para quem tem menos de 12 meses de carteira assinada), nomeação de ministro corruptos e, por último, o aumento dos servidores.
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Os aumentos dos servidores foram através de projetos leis aprovados pela Câmara. Então aí vem a primeira distorção: o aumento foi aprovado pela Câmara, Poder Legislativo e não pelo Poder Executivo.
Muito embora o atual presidente Michel Temer tenha se movimentado para garantir a aprovação, o fato é que esses aumentos estavam sendo negociados desde 2015, pelo governo Dilma. Aliás, alguns dos projetos de aumento foram propostos pelo governo Dilma.
Por fim, não foram apenas os ministros do STF que receberam aumento, mas também outros servidores do Judiciário e de outros Poderes, inclusive alguns servidores da educação. Ou seja, nem todos aqueles que receberam aumento têm salários vultosos ou são ricos, como alguns memes sugeriram.
Tendo essas informações, deixo agora cada um a vontade para julgar se os aumentos foram justos ou não, se foram no momento correto e de quem foi a culpa.
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Os projetos de lei dos aumentos foram os seguintes. Clique em cada um e veja a notícia e/ou o projeto de lei na íntegra:
- PL 6697/09 (Ministério Público da União)
- PL 2646/15 (Supremo Tribunal Federal)
- PL 2647/15 (Procuradoria-Geral da República)
- PL 2648/15 (servidores do Judiciário)
- PL 2742/15 (Câmara dos Deputados)
- PL 2743/15 (Tribunal de Contas da União)
- PL 2747/15 (defensor público-geral federal)
- PL 4244/15 (Senado Federal) - PL 4250/15 (servidores de diversas carreiras do Executivo) - PL 4251/15 (carreiras da educação)
- PL 4252/15 (Fiocruz, INPI, Inmetro e outras carreiras federais) - PL 4253/15 (servidores de ex-territórios) - PL 4254/15 (diversas carreiras, inclusive honorários de sucumbência para AGU)
- PL 4255/15 (Forças Armadas)
- PL 2646/15 (Supremo Tribunal Federal)
- PL 2647/15 (Procuradoria-Geral da República)
- PL 2648/15 (servidores do Judiciário)
- PL 2742/15 (Câmara dos Deputados)
- PL 2743/15 (Tribunal de Contas da União)
- PL 2747/15 (defensor público-geral federal)
- PL 4244/15 (Senado Federal) - PL 4250/15 (servidores de diversas carreiras do Executivo) - PL 4251/15 (carreiras da educação)
- PL 4252/15 (Fiocruz, INPI, Inmetro e outras carreiras federais) - PL 4253/15 (servidores de ex-territórios) - PL 4254/15 (diversas carreiras, inclusive honorários de sucumbência para AGU)
- PL 4255/15 (Forças Armadas)
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ResponderExcluirSeguro desemprego mais honesto, muita gente usava errôneamente com o apoio de certos empresários nó cego.
O órgão avalia, segundo informou a assessoria, a possibilidade de trabalhadores que tiveram o pedido negado encaminharem novamente a solicitação. O governo não informou quantos brasileiros fazem parte do grupo que poderia fazer um novo pedido de acesso ao benefício.
http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/06/dilma-sanciona-lei-que-altera-regras-do-seguro-desemprego-com-vetos.html
Concordo com você, Walter. Mas é inegável que foi uma redução no direito dos trabalhadores.
ResponderExcluirObrigado pela leituira do Blog, Walter!